Luzes Misteriosas na Caatinga e Histórias de Quirino

Quirino de Tonha

Óia, tá lembrado daquela noite lá na caatinga? Pois é... Só o vento soprava fraquinho e o céu tava preto que nem fundo de pote. Era como se o próprio silêncio tivesse se deitado na rede pra descansar. Mas, de repente, umas luzes esquisitas começaram a dançar lá em cima. Oxente! Era como se o céu estivesse fritando estrelas à sua maneira, sabe?

Quirino de Tonha

E aí, fui ouvindo por aqui e por acolá... Os moradores falaram de cada coisa! Uns diz que era luz de avião, outros que o véio Laurindo viu uma roda gigante do espaço. Gente doida, né? Mas, ó, confesso que fiquei meio assim... Porque, óia só, por que essas luzinhas vinham parar logo aqui no meio do sertão? Será que o sertão tem algo de especial que os de fora querem descobrir?

Quirino de Tonha

Pois é, o povo do sertão é cheio de história, né? Desde os tempos antigos, já tinha contação de luz misteriosa, de bicho que aparece e desaparece. Se misturam folclore, medo e, sei lá, uma curiosidade danada. E dá aquele tempero bom, sabe? Quem é que vai dizer que tudo isso não tem um tiquinho de verdade?

Quirino de Tonha

Agora, cá entre nós, fico pensando... Se uma dessas criaturas do espaço aterrissasse por essas bandas, será que ia querer papear com a gente ou só vinha pra ver o que temos de bom? Tipo... Será que eles vinham plantar milho aqui ou só ficar sondando em cima? Pois é...

Quirino de Tonha

Então, já pensou na Rosinha vendo um alienígena de perto? Pois é... A bichinha ia dar um pinote que só faltava sair quebrando os cactos da caatinga. Mas vou te dizer, Rosinha, que é esperta até dizer chega, não deixava o bicho chegar muito perto, não. Ó só... Primeiro ela ia dar aquela olhada de lado, desconfiada, e, se achasse o trem esquisito demais, era coice na certa!

Quirino de Tonha

Agora, tu imagina o contrário... O que um alien ia achar da nossa vida simples aqui, hein? Será que ele ia querer aprender a fazer um cuscuz ou ia inventar de comer macaxeira e queijo coalho pra entender por que a gente gosta tanto? Vai saber, né? Esses bichos de longe, se existirem mesmo, devem estranhar é tudo!

Quirino de Tonha

Mas, óia, o engraçado disso tudo é que quando o inesperado aparece, seja alien ou outra coisa, a gente encontra um jeito de lidar. Lá em Ibicó mesmo, teve histórias de outros animais se comportando estranho, fugindo do nada, quando davam conta dessas coisas misteriosas na região. É quase como se eles soubessem mais que a gente do que tá por vir, sabe?

Quirino de Tonha

Pois é, parece que no final das contas, a caatinga não esconde só os bichos de casco ou as cobras enroladas no mato. Esconde algo mais... algo que a gente ainda não entende direito. Talvez, assim como Rosinha, a gente só precise olhar de um jeito mais crítico pra essas sombras, sem deixar de dar um coice quando achar que é preciso.

Quirino de Tonha

Agora, cês já pensaram na confusão que ia ser aqui em Ibicó se tivesse mesmo uma invasão alienígena? Fulano ia dizer que viu, Beltrano ia jurar que é mentira... E Dona Zefinha? Ah, ela ia querer arrumar os óculos pra ver de perto, dizendo que nunca foi de acreditar em nada que não pudesse botar a mão. Pois é... Cada um com sua certeza, né? Mas, cá entre nós, quem viu de perto ia ter história pra contar no boteco por um tempão.

Quirino de Tonha

Fico pensando, viu? E se esses bichos de outro mundo resolvessem plantar alguma coisa aqui na caatinga? Seria o quê? Um feijãozinho brilhante? Ou quem sabe uma macaxeira que já vem temperada? Óia pá tu vê... Mas, pensando bem, se eles souberem adaptar as técnicas deles à seca daqui... Quem sabe a gente aprende com eles? O sertanejo já inventa tanta coisa mesmo, talvez até os alienígenas tenham o que aprender por essas bandas!

Quirino de Tonha

Ah... E falando em história, lembro de umas que minha avó contava antigamente. Ela vivia jurando que umas luzes estranhas apareciam lá longe, perto das pedras grandes. Era como se o céu lá estivesse dançando. Parece invenção, eu sei, mas ela falava de uns vultos, umas figuras quase místicas que pareciam só olhar, sem nunca se aproximar. E pensar que pode haver uma pitadinha de verdade nisso dá aquele arrepio, sabe?

Quirino de Tonha

Pois é, minha gente… Falar disso tudo dá até vontade de sair agora e olhar as estrelas, só pra garantir que elas tão onde devem estar! Mas, no final, acho que a maior graça dessas futricas é que elas fazem a gente sonhar e imaginar, né não? E imaginar é bom que só. Então… Fiquem de olho, óia pro céu, e até a próxima! Quem sabe o que a gente vai descobrir na caatinga amanhã? Até logo, minha gente!